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Fábio Ribeiro: Liderança, desafios e motivação no setor de eventos

A gestão de eventos exige muito mais do que planejamento e execução impecável. Liderar uma equipe, lidar com imprevistos e garantir o sucesso de cada projeto são desafios diários que exigem habilidades técnicas e emocionais.

Fábio Ribeiro é gerente de eventos do ICTQ (Instituto de Ciências, Tecnologia e Qualidade), conhece bem essa realidade. Com mais de 15 anos de experiência no setor de eventos e entretenimento, ele construiu sua trajetória dentro do ICTQ, começando como auxiliar administrativo em 2015 e ascendendo até a posição de gestor.

Ao longo dessa jornada, enfrentou desafios, desenvolveu estratégias eficazes e aprendeu que a liderança verdadeira se constrói no dia a dia, ao lado da equipe. Nesta entrevista, Fábio compartilha suas experiências, abordando os desafios da gestão, as dificuldades de lidar com pessoas e as estratégias para motivar equipes no setor de eventos.

Os maiores desafios da gestão de eventos

A indústria de eventos é dinâmica e repleta de imprevistos. A cada projeto, novos desafios surgem, exigindo dos gestores flexibilidade, controle emocional e capacidade de adaptação rápida. Para Fábio, a chave para uma gestão eficiente é manter a calma e agir com planejamento. “Eventos podem ser imprevisíveis. Trabalhamos com pessoas, equipamentos, tecnologia e imprevistos. Se eu me desesperar, nada flui”, ressalta. 

Ele destaca que a paciência é essencial, mas não pode ser confundida com permissividade. “Ser calmo não significa permitir qualquer coisa. Eu sou tranquilo, mas levo o trabalho a sério e espero que minha equipe faça o mesmo”, comenta. 

Essa abordagem permite que sua equipe trabalhe de forma organizada, produtiva e focada na entrega de resultados de qualidade.

O desafio de gerir pessoas no setor de eventos

Trabalhar com pessoas sempre será um dos desafios mais complexos da liderança. No setor de eventos, onde o ritmo é acelerado e as decisões precisam ser tomadas rapidamente, isso se torna ainda mais evidente.

Fábio destaca que uma das dificuldades mais comuns na gestão de equipes é a falta de objetividade e praticidade. “O que mais me incomoda é a falta de praticidade. Trabalho com múltiplos eventos ao mesmo tempo e preciso de respostas diretas e objetivas”, comenta. 

Além disso, ele aponta outro desafio: lidar com diferentes gerações dentro do ambiente corporativo. “Minha geração foi ensinada a estudar e se especializar, mas percebo que os jovens de hoje têm uma visão diferente sobre aprendizado e desenvolvimento profissional”, afirma. 

Essa diferença de mentalidade pode gerar conflitos e dificultar a integração da equipe. Para solucionar isso, ele adota uma abordagem de formação contínua, incentivando sua equipe a buscar capacitação constante.

Motivação: O papel do líder na engajamento da equipe

No setor de eventos, onde os prazos são apertados e a pressão é constante, manter a equipe motivada é um dos maiores desafios. Para Fábio, a maior ferramenta de motivação é a educação. “Eu invisto na qualificação da minha equipe porque sei que isso trará resultados para a empresa e para o crescimento pessoal de cada um”, ressalta. 

Ele acredita que treinamentos e especializações fazem toda a diferença no desempenho do time. Além disso, reforça a importância do reconhecimento. “Eu vejo nos olhos da minha equipe a satisfação ao entregar um evento bem executado. Isso é fundamental para manter a motivação”, comenta. 

Essa abordagem demonstra que o engajamento nasce do propósito e do reconhecimento. Quando os colaboradores sentem que fazem parte de algo maior, eles se tornam mais dedicados e comprometidos.

O que significa ser um líder no setor de eventos?

Uma das perguntas mais importantes da entrevista foi sobre o significado de ser um líder. Para Fábio, um verdadeiro líder trabalha ao lado da equipe e conquista respeito pelo exemplo. “Um bom líder é aquele que está tão integrado com a equipe que as pessoas nem percebem que ele é o chefe. Ele respeita e é respeitado”, afirma. 

Ele também critica modelos de liderança ultrapassados, onde a hierarquia cria barreiras entre gestores e equipe. “Trabalhei em empresas onde a hierarquia era tão forte que muitas ideias boas não eram implementadas. Eu acredito que um líder deve absorver sugestões, colaborar e contribuir para o crescimento de todos”, destaca. 

Essa visão reforça que a liderança no setor de eventos não deve ser autoritária, mas sim colaborativa e inspiradora.

 

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