Gerente sênior de eventos, Gabriella Vargas descobriu a paixão por esse mundo de um jeito bem casual. “Trabalhava numa faculdade para pagar os estudos quando uma amiga, já da área de produção, pediu uma ajuda com a logística de um evento. Eu nunca tinha feito, mas fui. E não parei mais.” O que começou como um ‘freela’ pontual virou um caminho sem volta. “Eventos são meio viciantes”, brinca.

De lá pra cá, já se passaram mais de 15 anos. Ela começou pelas bases: coordenação logística, movimentação de pessoas, chegada e saída de palestrantes. “Era tudo muito novo, mas ao mesmo tempo, muito instigante.” Com o tempo, foi ganhando espaço, expandindo o escopo e aprofundando o conhecimento técnico. Em pouco tempo, tinha se transformado em referência.

A primeira grande experiência fixa veio em 2012, em uma agência especializada. Foi quando ela começou a planejar eventos do zero. A rotina intensa – com viagens semanais para reuniões em São Paulo e até para Recife – trouxe não só bagagem profissional, mas também autoconfiança. “Foi lá que fiz meus primeiros eventos internacionais, na Argentina e nos Estados Unidos.”

Mais adiante, veio um projeto inesperado e completamente fora da curva: trabalhar com sinalização de público (wayfinding) no Galeão, no Rio, para os Jogos Olímpicos. Foi a primeira vez que Gabriella lidou com uma conta internacional — em inglês, diretamente com uma equipe do Reino Unido. A missão, que deveria durar seis meses, virou um compromisso de um ano e meio. “Foi um divisor de águas. Aprendi uma nova linguagem, uma nova área. E percebi que eu podia sim me jogar no desconhecido.”

Foi também o início de uma jornada com o grupo internacional que se estenderia por quase uma década. Passando por áreas ligadas a esporte, relacionamento e patrocínio, Gabriella foi ganhando ainda mais domínio sobre cada parte do processo de produção — desde o atendimento até a criação e a execução final dos projetos.

Ela se lembra bem de como o setor de eventos é movido por pressão e prazos curtos. “É tudo muito em cima da hora. Claro, existem exceções com planejamento mais longo, mas o padrão é correria.” Ainda assim, ela conta que a adrenalina faz parte do pacote. “Vale a pena. Já trabalhei 45 dias seguidos sem folga em Paris, mas depois vem aquela recompensa. A sensação de missão cumprida é real.”

O projeto em Paris, inclusive, foi outro ponto de virada. Gabriella participou da organização de um evento olímpico e, depois da experiência, tomou uma decisão ousada: investir na carreira internacional. “Sempre tive esse desejo. Mas depois de Paris, eu entendi que era agora ou nunca.”

A inspiração, para ela, vem de mulheres fortes e autênticas. Como exemplo ela menciona Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras. “É a única dirigente feminina no futebol masculino. Se impõe, sabe o que faz. Eu admiro isso demais.” Outro nome que ela cita com carinho é Luiza Trajano, da Magazine Luiza. “Ela é uma potência. E sempre foi firme no que acredita.” Além delas, mulheres com quem teve contato direto também a influenciaram, como uma ex-gestora australiana, Tina, e uma colega brasileira chamada Mônica, que a ajudou a crescer. “É importante ver mulheres ocupando espaços. Isso me dá gás.”

Quando fala sobre os principais desafios de uma liderança, Gabriella não hesita: escuta ativa. “Hoje em dia, liderar é escutar, ter empatia, entender o outro. E claro, motivar. Porque tem dias que nem a gente quer sair da cama, imagina os outros.” Ela acredita muito na ideia de equilibrar o que cada um tem de melhor com as tarefas inevitáveis do dia a dia. “Nem tudo a gente ama fazer. Mas dá pra tentar usar nossos pontos fortes e equilibrar com as obrigações.”

Outro ponto importante para ela é o comprometimento. “Cada geração tem sua pegada. Já trabalhei com pessoas bem jovens e outras mais experientes. Acho que o segredo é adaptar as habilidades de cada um à realidade do time. Fazer com que todos colaborem. Menos competição, mais parceria. Ela também defende a importância de ter uma equipe que funcione em harmonia. “Quando o time joga junto, tudo flui. É aí que mora a magia.”

Com energia de sobra, uma bagagem sólida e o coração apontando para novos destinos, Gabriella Vargas é prova viva de que quem ama o que faz, transforma qualquer evento em uma experiência memorável — inclusive a própria trajetória.

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