“Fazer com o coração”: a trajetória de Jeferson Spader na Prefeitura de Bombinhas

Jeferson Spader carrega no olhar tranquilo e na fala direta a bagagem de quem aprendeu a liderar resolvendo problemas. Hoje diretor administrativo da Prefeitura de Bombinhas, ele faz questão de dizer que seu maior diferencial é “fazer com o coração”. E não é força de expressão — é prática mesmo. Do comércio familiar à gestão pública, passando por mais de uma década em casas de shows e eventos, sua jornada é marcada pela coragem de recomeçar, pela escuta ativa e por uma dedicação visceral ao que faz.

Tudo começou no comércio da família. Um negócio que já durava 34 anos e que foi interrompido por conta de uma situação delicada: o adoecimento de seu pai. Com o encerramento das atividades, a vida deu uma guinada. Ele, que havia se formado justamente para continuar o legado do comércio, precisou pensar em novos rumos. Foi então que recebeu o convite de um amigo para trabalhar com eventos — e aí, um mundo novo se abriu.

Jeferson mergulhou de cabeça no universo das baladas, shows e casas noturnas. Começou por baixo, mas rapidamente ganhou espaço, assumiu a gerência de duas casas de eventos e passou a comandar uma operação intensa, onde cada noite era imprevisível. Dormia no local, trabalhava em diferentes cidades, e lidava com todo tipo de desafio — da logística à insatisfação de clientes. “Você precisa gostar, porque é resolver problema a noite toda. E precisa ter jogo de cintura, empatia, agilidade. Não dá para empurrar com a barriga.”

Esse senso de responsabilidade foi moldando seu perfil de liderança. Ele entendeu que, por trás de qualquer grande evento, existe uma equipe inteira — do segurança ao gerente —, e que todos merecem atenção. “Não se faz nada sozinho. Um evento só acontece porque tem muita gente envolvida. E eu precisava estar presente para todo mundo.”

Foi essa habilidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, resolvendo e articulando, que chamou a atenção do então prefeito de Bombinhas. O convite veio para trabalhar na prefeitura, inicialmente junto aos eventos da cidade. Depois, a atuação foi se ampliando, até chegar ao posto atual na direção administrativa, responsável por licitações, compras e manutenção escolar. Uma transição e tanto, que ele abraçou com maturidade e compromisso.

Hoje, a rotina é diferente, mas a essência segue a mesma: resolver, cuidar, fazer bem-feito. Se antes lidava com o público da noite, agora lida com o funcionamento de uma cidade. E Jeferson sabe que a responsabilidade é grande. “Na casa de shows, você resolve um problema pontual. Aqui, qualquer erro pode prejudicar toda uma gestão. A responsabilidade é outra, e exige muita atenção.”

Ele valoriza a troca entre os pares e o aprendizado constante. Gosta de tecnologia, usa o WhatsApp para resolver pendências, e participa de formações sempre que a prefeitura oferece. Acredita que ninguém sabe tudo, e que o segredo está em buscar quem entende mais, ouvir, e aprender junto. “A gente tem que ter humildade para correr atrás de quem entende. Isso evita erro e melhora o trabalho.”

Quando fala de liderança, Jeferson traz o olhar humano antes de qualquer técnica. Para ele, ser líder é saber conversar, reconhecer, orientar. Não se trata apenas de cobrar, mas de ser justo. “Tem gente que só chama para brigar, mas nunca reconhece o que foi bem feito. E isso faz falta. Um elogio muda o dia de uma pessoa.”

Além disso, defende que boas equipes se constroem com união, maturidade e diálogo. Ele não acredita em protagonismo isolado. Prefere resolver em grupo, ouvir diferentes pontos de vista e tomar decisões em conjunto. “Quando mais gente pensa junto, a solução vem mais rápido. E todo mundo se sente parte. Isso é o que importa.”

Sobre o que falta nas lideranças de hoje, ele não hesita: vontade. Segundo Jeferson, muita gente veste o crachá, mas não entrega o que a função exige. Para ele, mais do que técnica, falta comprometimento real. “Tem que levantar cedo e querer fazer. Tem que produzir. Não dá para ser líder só no papel.”

Sua fala é recheada de verdades simples — daquelas que a gente sente que vêm de quem vive o que diz. Ele não usa jargões de gestão nem termos rebuscados. Fala do dia a dia, das pessoas, dos bastidores que fazem tudo funcionar. E, quando perguntado sobre seu maior diferencial, responde sem rodeios: presença. “Eu tô ali. Me envolvo. Faço com o coração. E faço o que for preciso para resolver, da melhor forma e no menor tempo possível.”

Essa forma direta e humana de trabalhar tem dado certo. E tem feito de Jeferson uma referência dentro da prefeitura — não por cargos ou títulos, mas pela postura ética, disponível e colaborativa.

Para ele, um bom líder é aquele que orienta, mas também acolhe. Que dá espaço, mas sabe cobrar. Que sabe o momento de puxar e o momento de reconhecer. “A gente precisa de gente que sente com a equipe, que saiba olhar para os lados. Liderança é isso: é fazer junto, com atenção e respeito.”

Com uma trajetória que começou na venda da família, passou pelos palcos da noite e hoje se firma na administração pública, Jeferson mostra que o caminho profissional não precisa ser reto — mas precisa ter propósito. E, acima de tudo, precisa ser vivido com verdade.

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