Eliséia Rampasso, Coordenadora de Desenvolvimento Humano Organizacional da Multilixo, possui mais de 20 anos de experiência na área de treinamento e desenvolvimento. Atuando em diferentes setores e empresas, desde multinacionais até organizações familiares, Eliséia se consolidou como uma profissional que acredita no poder da formação de lideranças e na construção de um ambiente de trabalho harmonioso. Nesta entrevista, ela compartilha sua trajetória, desafios e visão sobre o que significa ser um verdadeiro líder.
Aprendizados e desafios na gestão
Ao longo de sua carreira, Eliséia percebeu que um dos maiores desafios da gestão é equilibrar a produtividade com o bem-estar dos colaboradores. Ela relata que, em sua experiência, “o absenteísmo e a rotatividade são altos em empresas que focam apenas na produtividade e não na qualidade do ambiente de trabalho”. Para combater isso, sua estratégia é investir na conscientização sobre a importância de cada função e no desenvolvimento dos profissionais, tornando-os mais engajados e comprometidos com seus papéis.
Ela também destaca a evolução do RH nas empresas: “Antes, treinamento era visto como um obstáculo à produção, hoje é reconhecido como essencial para a eficiência operacional”. Sua abordagem é baseada na prática e no contato direto com os colaboradores, mostrando a importância de estar presente e de compreender a realidade do time.
Desafios com pessoas
Trabalhar com pessoas é um desafio constante, mas também uma grande fonte de aprendizado. Eliséia enfatiza que “cada colaborador é uma caixinha de surpresas” e que a chave para uma boa gestão é a empatia e a comunicação eficaz. Ela acredita que o líder deve falar a linguagem do time, evitando termos técnicos complexos ou abordagens distantes.
Outro ponto abordado é a diferença de gerações no ambiente de trabalho. “Temos aqueles que são workaholics e os que priorizam equilíbrio. Como fazer esses perfis trabalharem juntos? Esse é o grande desafio atual”, explica. Para isso, ela defende que um líder deve atuar como um “psicólogo não formado”, ou seja, ouvindo, compreendendo e mediando conflitos para criar um ambiente harmônico.
O que motiva e incentiva o seu time?
Para Eliséia, motivação vai além de salário e benefícios. “O clima organizacional representa 50% do bem-estar do colaborador”, destaca. Um ambiente ruim faz com que até os melhores profissionais percam o entusiasmo pelo trabalho.
Ela aposta na proximidade e na humanização do RH. “Pegar na mão e fazer junto faz toda a diferença. RH não é só admitir e demitir, é ser parceiro e estar presente no dia a dia”, explica. A escuta ativa também é um dos pilares de sua abordagem: “Muitas vezes, o que um colaborador mais precisa é ser ouvido. Isso faz toda a diferença”, comenta.
O que é ser um líder?
A pergunta mais importante da entrevista foi sobre a definição do que é ser um líder. Para Eliséia, um líder é “50% técnico e 50% gestão de pessoas”. Ela reforça que não basta ser um excelente profissional tecnicamente se a pessoa não sabe lidar com sua equipe. “Se a sua equipe não compra a sua ideia, você não é um bom líder”, afirma.
Ela também destaca a importância da autenticidade e do envolvimento real com as pessoas: “Ser líder é gostar de gente. É entender que você depende do seu time e que sua função é engajá-los na missão da empresa”. Para ela, liderança não se faz só na teoria, mas sim no contato direto com a equipe e no entendimento das dificuldades diárias dos colaboradores.
Por que investir em palestras de liderança e desenvolvimento?
A entrevista com Eliséia Rampasso demonstra como a liderança e a gestão de pessoas são cruciais para o sucesso organizacional. Empresas que investem no desenvolvimento de suas lideranças colhem resultados diretos em retenção de talentos, produtividade e bem-estar dos colaboradores.
Palestras e treinamentos são uma excelente forma de promover essa evolução, trazendo insights e estratégias práticas para transformar a cultura organizacional. Como a própria Eliséia afirma, “Não basta falar sobre gestão de pessoas, é preciso viver e praticar isso todos os dias”, conclui.