“Transformação não acontece sem coragem”: o olhar estratégico de Gladys Dinis no Banco de Fomento Angola

Gladys Dinis fala sobre transformação com quem vive a realidade. Diretora no Banco de Fomento Angola (BFA), ela lidera um processo robusto de transição tecnológica e cultural — e sabe que nenhum sistema muda sozinho. “A gente pode ter a melhor tecnologia do mundo, mas se as pessoas não estiverem prontas para ela, nada funciona”, afirma com convicção.

A frase resume bem o momento atual do BFA: uma instituição com 32 anos de história, tradicional, conservadora — mas que reconhece a urgência de olhar para o futuro. Gladys está justamente nessa encruzilhada entre passado e inovação. E o que ela busca não é apenas a implementação de ferramentas, mas uma mudança real de mentalidade.

Durante a conversa, ela destaca que o maior desafio está no topo: como preparar conselhos administrativos e lideranças para deixar de ser apenas fiscalizadores e se tornarem protagonistas da transformação? Para isso, Gladys não quer apenas palestras bonitas. Ela quer vivência, trocas reais, exemplos práticos. “Precisamos ouvir de quem já passou pelo processo. O que deu certo? O que não funcionou? Como envolver o board? Como ajustar a estrutura sem perder a essência?”

Seu desejo é reunir profissionais com experiência em transformação digital, setor financeiro e gestão de pessoas. Gente que entenda não apenas de inovação, mas de como transformar isso em negócio com impacto positivo nas pessoas. E faz questão de reforçar: “A tecnologia pode estar pronta. Mas se os líderes têm medo de apertar o botão, nada acontece.”

Gladys enxerga a transformação que o BFA está atravessando como um processo que exige visão holística. Não basta falar de tecnologia ou de novos sistemas — é preciso entender que mudança real acontece quando três dimensões caminham juntas: o negócio, a tecnologia e as pessoas.

Primeiro, vem o negócio. A digitalização não é um fim em si mesma — ela precisa estar ancorada em decisões estratégicas, no entendimento do impacto da mudança sobre as operações, produtos e estrutura da organização. Gladys acredita que os conselhos precisam parar de olhar a transformação apenas como custo ou risco, e começar a enxergá-la como o que sustenta o negócio no futuro.

Depois, vem a tecnologia, claro — mas com os pés no chão. Para ela, inovação precisa deixar de ser jargão e se tornar realidade aplicável. É entender o que a inteligência artificial, a automação e as plataformas digitais representam no dia a dia bancário, e como tudo isso conversa com a jornada dos clientes e a eficiência interna. “A gente tem que sair da nuvem e entender o que, de fato, está sendo entregue na agência, no atendimento, no sistema”, ela pontua.

E, por fim — mas nunca por último — estão as pessoas. O fator mais decisivo (e mais negligenciado) da equação. “Não adianta implementar o melhor sistema se o colaborador tem medo de apertar o botão”, ela afirma. Gladys defende que o BFA precisa investir em formação, mas também em escuta, em coragem para dizer o que precisa ser dito e, sobretudo, em lideranças com maturidade emocional para conduzir esse processo sem romantismo — mas também sem brutalidade.

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