“Fazer o básico bem feito”: a liderança prática e inspiradora de Gracielle Oliveira no varejo

Gracielle Oliveira é daquelas líderes que a gente escuta por horas sem perceber o tempo passar. Com uma trajetória marcada por superações, reinvenções e uma coragem admirável de recomeçar sempre que necessário, ela traz no olhar o brilho de quem acredita no trabalho como ferramenta de transformação. Atualmente à frente da área de marketing na Ricoy Supermercados, carrega uma bagagem vasta — de telefonia à televisão, de negócio próprio ao varejo alimentar — e um lema que resume tudo: fazer o básico bem feito.

Desde muito jovem, aprendeu que atitude vale tanto quanto habilidade. Com 14 anos, já tinha seu primeiro registro em carteira; aos 16, era gerente de loja em Santos. Mas foi na Claro que sua carreira deslanchou. Começou como atendente e, com consistência e foco em resolver problemas, subiu sete vezes de cargo em nove anos. Seu crescimento se deu não só pela entrega, mas pela capacidade de identificar gargalos e correr atrás da solução. “Me tornei essencial porque resolvi um problema que ninguém conseguia”, conta.

Depois, abriu mão de tudo em busca de um sonho pessoal: ser mãe. Enfrentou um tumor, passou por tratamentos, abriu um negócio próprio, mas entendeu que empreender não era sua praia. “Eu tenho mentalidade empreendedora, mas não gosto de ser dona. Não é meu perfil.” O que ficou dessa fase foi casca — e uma visão 360° sobre negócios, pessoas e prioridades.

Sua passagem pela TV Globo, como executiva de vendas, trouxe um novo universo: marketing e mídia. Absorveu conteúdos, fez dezenas de cursos e mergulhou em estratégias de branding e performance. A partir daí, foi convidada a assumir o marketing de um grupo de supermercados — um convite que mudou sua história profissional. Em pouco tempo, assumiu não só o marketing institucional, mas também o comercial. E liderou, com muito trabalho e integração entre áreas, uma virada de faturamento que passou de R$ 650 milhões para R$1,9 bilhões em sete anos.

Na Ricoy, onde está desde agosto de 2024, o desafio é semelhante: modernizar, estruturar, fazer a marca respirar um novo tempo. E ela não foge da missão. Construiu uma nova equipe do zero, trocou agência, implementou projetos de comunicação interna e, claro, colocou o marketing para andar colado com o comercial. “Se 90% do nosso público é o cliente do comercial, por que marketing e comercial andam separados? Não faz sentido.”

Gracielle acredita em liderança com leveza. Para ela, motivar uma equipe não é sobre discursos bonitos, mas sobre estar junto, dar exemplo e, principalmente, ouvir. Ela compartilha tudo com o time — inclusive decisões da diretoria — porque acredita que ninguém entrega bem o que não entende. “Se minha equipe de marketing não estiver alinhada com a companhia, como vai criar? Como vai se mover com o mesmo ritmo?”

Mais do que técnica, ela busca três habilidades comportamentais em qualquer profissional: comunicação clara, pensamento crítico e inteligência emocional. E afirma, sem rodeios, que está cada vez mais difícil encontrar essas três juntas. “Tem muita gente com preguiça de pensar. Pensam até a vírgula, mas não avançam. E sem pensar, sem interpretar, não tem como inovar.”

A inovação, aliás, é algo que ela valoriza e aplica no dia a dia. Usa IA para criação de peças, implementa campanhas com tráfego pago, estuda tendências. Mas sempre com os pés no chão. “Inovação é boa quando resolve problema. Não adianta ter IA se você não sabe fazer a pergunta certa.”

Gracielle também acredita que um bom líder é aquele que escuta — de verdade. Que permite diálogo, que dá espaço para discordância e que sabe quando guiar e quando soltar. “O que mais falta hoje é empatia e atitude. E, sinceramente, acho que atitude não se ensina. Ou a pessoa tem, ou não tem.”

Entre um projeto e outro, ela ainda encontra tempo para formar sua equipe com base em sonhos pessoais. Promoveu uma colaboradora da loja que queria aprender marketing digital, deu suporte, indicou cursos, acompanhou de perto. Porque acredita que um time motivado não se forma com gritaria, mas com sentido. “Todo mundo precisa ter uma dor de dono — mesmo que não tenha CNPJ. Se você cuida do negócio como se fosse seu, você cresce com ele.”

E se perguntam qual seu maior diferencial, ela responde com firmeza: resiliência e consistência. “Eu não desisto. E mais do que começar, eu termino. Eu sou da acabativa.”

Aos 39 anos, mãe, líder e apaixonada por resolver problemas, Gracielle mostra que o futuro da liderança passa por um retorno ao essencial: escuta, atitude, inteligência emocional e muita presença. Porque no fim, como ela mesma diz, a diferença está em fazer o básico bem feito — todos os dias.

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