Marcus Jesus Taveira não teve uma trajetória linear, e talvez seja justamente por isso que sua história inspire tanto. Superintendente comercial do Banestes, ele carrega mais de vinte anos de vivência na mesma empresa, mas o caminho até aqui foi marcado por viradas inesperadas, encontros decisivos e uma profunda conexão com as pessoas.

Antes de chegar ao banco, Marcus começou na aviação. Técnico em mecânica de helicóptero e avião, tentou ser piloto, fez curso para entrar na Força Aérea, sonhou com o céu. Mas a vida levou para outro rumo — e ele foi com coragem. Passou pela área de seguros, mergulhou na tecnologia da informação, voltou aos seguros e, por fim, encontrou no setor bancário um lugar onde tudo se encaixou. “Talvez eu não fosse tão feliz na aviação quanto sou hoje. Gosto de estar com gente, gosto da rotina comercial”, diz.

A leveza com que fala da própria trajetória revela algo importante: Marcus não tem medo de recomeçar. Aprendeu a se adaptar, a mudar de rumo quando necessário e, mais do que isso, aprendeu a observar as pessoas com atenção e respeito. É esse olhar atento que hoje guia sua forma de liderar. Responsável por uma equipe com mais de trinta pessoas, ele acredita que a chave da gestão está em reconhecer o melhor de cada um — e colocá-lo no lugar certo para brilhar.

Ele brinca que sua equipe é “meio bagunçada”, com estagiários perdidos no meio da correria, mas é nítido o carinho com que se refere a todos. Para Marcus, liderar é estar presente. É orientar, sim, mas também ouvir, construir junto. “Não dá para querer que a pessoa seja algo que ela não é. Se ela não gosta de conversar, não adianta colocá-la na linha de frente. Mas ela pode ser incrível em outra função.” Essa sensibilidade em identificar o talento certo no lugar certo é, para ele, uma das maiores responsabilidades de quem lidera.

Quando fala sobre motivação, Marcus deixa claro que não acredita em fórmulas prontas. O que funciona para ele é envolver a equipe nas decisões, dividir objetivos, dar voz a quem está na base. Ele sabe que resultados importam — afinal, todos são cobrados por isso —, mas acredita que eles são consequência de um ambiente onde as pessoas se sentem vistas e respeitadas. “Quando todo mundo se sente parte, tudo flui melhor.”

Ao contrário de muitos líderes que colocam a técnica no pedestal, Marcus valoriza, acima de tudo, o comportamento. Postura, comprometimento e empatia são, para ele, mais importantes do que qualquer domínio técnico. “Técnica a gente ensina. Mas comportamento, muitas vezes, vem de casa, de criação. É muito mais difícil mudar.” Por isso, na hora de contratar ou desenvolver alguém da equipe, ele prioriza quem tem brilho nos olhos — e vontade de fazer acontecer.

Sua liderança é pautada pelo exemplo. Marcus acredita que não dá para cobrar preparo, postura ou atualização constante se o próprio líder não se coloca em movimento. Ele estuda, busca se reciclar, troca experiências com colegas. Faz questão de estar pronto para orientar sua equipe com responsabilidade. “Se eu não estiver preparado, não posso exigir deles. O líder precisa ser o primeiro a buscar conhecimento.”

Com a maturidade dos anos e a vivência acumulada, Marcus também aprendeu que liderar pelo medo é uma armadilha. Ele se incomoda profundamente com chefias autoritárias, que se impõem pelo grito ou pela hierarquia. Para ele, o verdadeiro líder é aquele que inspira segurança — e não pavor. “O gestor tem que ter a porta aberta. Tem que ouvir. Tem que estar presente. Isso é liderança.”

Sua fala é marcada pela coerência entre o que acredita e o que pratica. Ele se preocupa com o clima organizacional, com o bem-estar do time, com a leveza do ambiente de trabalho. Não porque isso seja um modismo do RH, mas porque ele vive isso, na prática. “Você tem que acordar de manhã com vontade de ir trabalhar. Senão, não funciona. O ambiente precisa ser bom, agradável. E isso depende muito do líder também.”

Marcus acredita que ser líder é, antes de tudo, estar ao lado. Caminhar com a equipe, dividir alegrias, enfrentar problemas juntos. Ele não se coloca num pedestal. Prefere se ver como alguém que orienta, que compartilha, que aprende o tempo todo. E, por isso mesmo, tem tanto a ensinar. Seu diferencial está na escuta, na presença e na forma como valoriza as pessoas. Para ele, ninguém cresce sozinho.

Ao final da conversa, sua mensagem é clara: resultados vêm, sim, mas vêm com gente. Gente comprometida, acolhida, escutada. Gente que sente que está construindo algo junto. Marcus Taveira é, acima de tudo, um líder que acredita nas pessoas — e é por isso que sua trajetória marca tanto.

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