Bárbara fala de carreira com uma lucidez impressionante. Não romantiza os desafios, tampouco subestima os acertos. Com mais de uma década de experiência no mundo corporativo, passando por multinacionais, projetos de transformação e, hoje, ocupando uma posição estratégica no CTC – Centro de Tecnologia Canavieira – ela é exemplo de alguém que construiu sua trajetória com coragem, consistência e muito autoconhecimento.

Sua caminhada tem quatro pilares bem definidos: relacionamento, autodesenvolvimento, multidisciplinaridade e protagonismo. Desde cedo entendeu que as conexões humanas são alavancas poderosas de crescimento — não no sentido do “quem indica”, mas no valor genuíno da troca, da escuta e da colaboração. “Foi por meio das pessoas, e do melhor que elas tinham para me dar, que eu alcancei meus objetivos”, resume.

Ao longo da sua jornada, Bárbara nunca se encaixou no estereótipo da “aluna brilhante”. Foi, sim, aquela que precisava estudar muito para passar nas provas — e que usou esse esforço como combustível para sua evolução. Passou por empresas como a Nestlé, onde o choque de realidade e a estrutura robusta serviram como escola. E ali descobriu que o conhecimento técnico era só parte do jogo. O resto era atitude.

Não à toa, ela buscou se desenvolver constantemente. Fez pós-graduação mesmo quando diziam que era cedo. Investiu em cursos, mentorias e treinamentos — muitas vezes bancados com a própria verba, outras com apoio das empresas. Se candidatava a tudo: cursos internos, externos, treinamentos em inglês, em áreas técnicas ou comportamentais. “Eu sempre pedi. Já levei muitos ‘nãos’, mas entendia que o ‘não’ eu já tinha.”

A versatilidade também marca sua carreira. Bárbara se define como uma profissional generalista, daquelas que gostam de fazer um pouco de tudo. Já passou por áreas de RH, gestão da qualidade e treinamentos, mas sempre com um olhar amplo, capaz de conectar pontos e trazer soluções práticas para problemas complexos. “Eu sou meio ‘coringa’”, brinca. E é exatamente esse perfil que hoje a posiciona como uma peça-chave dentro do CTC.

No atual cargo, ela vive uma realidade desafiadora: atuar em uma empresa de base científica, com times altamente técnicos e um ritmo de transformação constante. E ali, Bárbara encontrou o ambiente ideal para aplicar tudo que aprendeu ao longo da vida: escuta ativa, coragem para questionar e, acima de tudo, compromisso com a construção coletiva.

“Se o RH não entende o negócio, não agrega valor. Precisa saber o que o laboratório está fazendo, o que a usina precisa, qual é o desafio do time de vendas. Só assim dá pra propor soluções reais.” Por isso, calça a botina, visita o campo, conversa com áreas diversas e entende que seu papel vai além da gestão de pessoas — é também sobre impulsionar o negócio.

Ao lado de um time comprometido, busca estimular uma cultura de protagonismo e colaboração. A missão do RH ali é clara: ser propositivo e questionador. “A gente não está aqui só pra bater palma. A gente está aqui pra provocar, pra fazer pensar.” Com uma escuta cada vez mais apurada — habilidade que ela admite ter desenvolvido com esforço — Bárbara se tornou uma referência interna. Alguém que não apenas entrega, mas transforma.

Sua preocupação com o futuro do trabalho é genuína. Mais do que tecnologias e hard skills, o que tira seu sono são os gaps de comportamento. Ela acredita que a principal lacuna das organizações não está na técnica, mas nas chamadas soft skills. Comunicação, empatia, inteligência emocional, capacidade de colaboração — essas, sim, serão essenciais em um cenário cada vez mais digital e automatizado.

Por isso, tem liderado projetos de desenvolvimento focados em competências comportamentais, utilizando ferramentas como trilhas de aprendizagem, mentorias internas, projetos interáreas e práticas inspiradas nas metodologias ágeis. E está em constante busca de formatos que despertem o lado mais humano e relacional das equipes. “Não adianta só falar de IA se a gente não souber conversar. Relacionamento vai ser o diferencial.”

Mesmo assim, ela não ignora o avanço da tecnologia. Ao contrário, está fazendo letramentos, usando IA no dia a dia, provocando o time a melhorar processos com apoio das ferramentas digitais. Mas sem perder o foco: “Eu sei o que eu quero ser no futuro. Não vou programar. Mas quero continuar cuidando de pessoas. E vou fazer isso cada vez melhor.”

Bárbara sabe que um bom RH é aquele que ouve, que entende o negócio, que propõe com base em dados e que tem coragem para dizer o que precisa ser dito — mesmo quando não é confortável. E isso exige presença, estudo, sensibilidade e uma boa dose de coragem.

Sua história é uma mistura de técnica e tato. De firmeza e empatia. De quem já errou, já ouviu “não”, já enfrentou o medo do julgamento — mas seguiu em frente, usando cada desafio como trampolim. Como quando fez um treinamento fora do país e ouviu que sua performance em inglês tinha sido abaixo do esperado. Doeu. Mas ela entendeu que não precisava ser fluente — precisava ser clara, objetiva e aberta a aprender. E foi isso que fez.

Hoje, lidera ações que impactam mais de 100 líderes e centenas de colaboradores. Trabalha com diagnóstico profundo de clima, cultura, liderança e desenvolvimento. E faz tudo isso com o pé no chão e o olhar no futuro.

Bárbara é a prova de que o RH não é suporte — é protagonista. Que saber de gente é tão importante quanto entender de números. E que construir uma carreira de impacto não exige perfeição, mas sim propósito, curiosidade e coragem de continuar aprendendo todos os dias.

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